REFLEXÕES
PROJETO DE APRENDIZAGEM
Ao retomar o texto P.A. dou-me conta do que tenho pensado da facilidade e fluidez quando aplicado a séries iniciais. O professor em contato diário com seus alunos disponibiliza de tempo integral junto ao eles, recursos, arranjos de conteúdos e rearranjos possíveis a concretização de um trabalho interdisciplinar, motivador, concreto.
Por outro lado, vejo-me frente a adolescentes, inquietos, curiosos, mas que solicitam um norte, um rumo. São de procedências variadas e lhes falta vivências em arte e contatos com mesma.
Quase sempre, a disciplina de Arte é fragmentada. Tal procedimento objetiva o acerto da carga horária das demais disciplinas na montagem do horário, mas acabam por desvalorizar o processo nas aulas de arte. Períodos desconectados fazem com que o aluno se desestimule, pois o fazer artístico se prolonga por tempo indeterminado suprimindo o engajamento e a sintonia do aluno com o seu trabalho.
Recursos? Então nem se fale! Quando muito lápis e papel.
Passa-se um semestre orientando, reordenando conhecimentos adquiridos e estimulando o aluno da importância e crescimento de suas produções. Encaminha-se ao fazer mais personalizado, prazeroso, não impositivo e convencendo-o do valor da arte e desta, como fator de crescimento, de humanização, de expressão e comunicação.
Mas é tarefa árdua. Em média, cinco turmas de 1º ano E. M., no mínimo 30 alunos por sala, perfilando um total de 150 alunos por turno.
Com a aproximação da Bienal do Mercosul propus um projeto em Arte Contemporânea.
Que desafio tem sido já há 30 dias – o que é, quando e como acontece, analogias, exemplos, imagens, textos, comentários. Surtiu curiosidade e estranhamento frente às imagens das obras apresentadas. Imagens que visualizam o que Duchamp dizia em 1916: “Eu estava interessado em idéias, não em produtos visuais” e, posteriormente, por Kosuth (1968), “arte como idéia, como idéia”.
Existem conceitos de senso-comum, pré-estabelecidos e até confusões sobre o que seria arte e o produto que dela provém. Busca-se no resultado a similitude com o real, a figura, a beleza, o “dom” do desenho, o bem pintado, variações de técnicas e o artesanato. A análise encerra-se no julgamento de valor: gosto, não gosto.
A princípio, os questionamentos dos alunos ficaram por conta: Isto é arte? Mas isso até eu faço? É só pegar coisas quaisquer e dizer que é arte? Parece coisa de criança! Coisa mais feia! e muitas risadas... Outros pensativos perguntavam: Como farei um desses? Por onde começar!
O que pareceu ser fácil resultou em descrença em relação ao que fariam.
Na nova etapa, vamos à prática, mas a distância continua entre a apreensão do conhecimento e o produto final a ser realizado pelo aluno, pois fazer arte sem ver arte é muito complicado mesmo após um trabalho efetivo como tem sido e aproximado das vivências da qual procedem os educandos.
Assim, o que penso fazer com a proposta solicitada pelas coordenadoras de projeto de aprendizagem:
- retomar dúvidas temporárias e certezas provisórias sobre Arte Contemporânea – foco é o Objeto na arte: apropriações, anexações, transformações;
- encaminhar os grupos/duplas (já organizadas) à escolha do objeto (múltiplos, variados, diversos, únicos, serializados...);
- o que realizar? Possibilidades: assunto a ser discutido e analisado na proposta escolhida; o que a obra irá propor; recursos a serem empregados, tais como, elementos a serem agregados, montagens com materiais diversos, expansões, sons, questões sensórias e perceptivas.
- retomada de imagens se necessário;
Ao término da prática será realizada produção textual como forma avaliativa e reflexiva do processo vivenciado e do resultado obtido.
Ao retomar o texto P.A. dou-me conta do que tenho pensado da facilidade e fluidez quando aplicado a séries iniciais. O professor em contato diário com seus alunos disponibiliza de tempo integral junto ao eles, recursos, arranjos de conteúdos e rearranjos possíveis a concretização de um trabalho interdisciplinar, motivador, concreto.
Por outro lado, vejo-me frente a adolescentes, inquietos, curiosos, mas que solicitam um norte, um rumo. São de procedências variadas e lhes falta vivências em arte e contatos com mesma.
Quase sempre, a disciplina de Arte é fragmentada. Tal procedimento objetiva o acerto da carga horária das demais disciplinas na montagem do horário, mas acabam por desvalorizar o processo nas aulas de arte. Períodos desconectados fazem com que o aluno se desestimule, pois o fazer artístico se prolonga por tempo indeterminado suprimindo o engajamento e a sintonia do aluno com o seu trabalho.
Recursos? Então nem se fale! Quando muito lápis e papel.
Passa-se um semestre orientando, reordenando conhecimentos adquiridos e estimulando o aluno da importância e crescimento de suas produções. Encaminha-se ao fazer mais personalizado, prazeroso, não impositivo e convencendo-o do valor da arte e desta, como fator de crescimento, de humanização, de expressão e comunicação.
Mas é tarefa árdua. Em média, cinco turmas de 1º ano E. M., no mínimo 30 alunos por sala, perfilando um total de 150 alunos por turno.
Com a aproximação da Bienal do Mercosul propus um projeto em Arte Contemporânea.
Que desafio tem sido já há 30 dias – o que é, quando e como acontece, analogias, exemplos, imagens, textos, comentários. Surtiu curiosidade e estranhamento frente às imagens das obras apresentadas. Imagens que visualizam o que Duchamp dizia em 1916: “Eu estava interessado em idéias, não em produtos visuais” e, posteriormente, por Kosuth (1968), “arte como idéia, como idéia”.
Existem conceitos de senso-comum, pré-estabelecidos e até confusões sobre o que seria arte e o produto que dela provém. Busca-se no resultado a similitude com o real, a figura, a beleza, o “dom” do desenho, o bem pintado, variações de técnicas e o artesanato. A análise encerra-se no julgamento de valor: gosto, não gosto.
A princípio, os questionamentos dos alunos ficaram por conta: Isto é arte? Mas isso até eu faço? É só pegar coisas quaisquer e dizer que é arte? Parece coisa de criança! Coisa mais feia! e muitas risadas... Outros pensativos perguntavam: Como farei um desses? Por onde começar!
O que pareceu ser fácil resultou em descrença em relação ao que fariam.
Na nova etapa, vamos à prática, mas a distância continua entre a apreensão do conhecimento e o produto final a ser realizado pelo aluno, pois fazer arte sem ver arte é muito complicado mesmo após um trabalho efetivo como tem sido e aproximado das vivências da qual procedem os educandos.
Assim, o que penso fazer com a proposta solicitada pelas coordenadoras de projeto de aprendizagem:
- retomar dúvidas temporárias e certezas provisórias sobre Arte Contemporânea – foco é o Objeto na arte: apropriações, anexações, transformações;
- encaminhar os grupos/duplas (já organizadas) à escolha do objeto (múltiplos, variados, diversos, únicos, serializados...);
- o que realizar? Possibilidades: assunto a ser discutido e analisado na proposta escolhida; o que a obra irá propor; recursos a serem empregados, tais como, elementos a serem agregados, montagens com materiais diversos, expansões, sons, questões sensórias e perceptivas.
- retomada de imagens se necessário;
Ao término da prática será realizada produção textual como forma avaliativa e reflexiva do processo vivenciado e do resultado obtido.
PÚBLICO ALVO
A princípio, estou trabalhando com a temática da Arte Contemporânea com quatro 1º anos E.M e um 3º Normal. Farei um recorte para que possa observar e analisar mais atentamente – será um 1º ano E. M e o 3º Normal – turmas com perfil e objetivos de conclusão diferenciados.
O 1º ano não terá acesso à visitação a Bienal, enquanto que o 3º ano realizará a visitação dia 18/09.
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